Marcas de luxo não podem ignorar ascensão do mercado de segunda mão

O lugar das peças de roupa usadas já não é apenas em lojas de segunda mão, onde podem ser adquiridas por preços mais baixos. A procura pelos chamados artigos vintage tem vindo a crescer, fazendo com que os vestidos e casacos dos avós ganhem um valor acima do esperado.

De acordo com a Reuters, o interesse está a crescer especialmente no que diz respeito a marcas de luxo: peças de insígnias como Chanel, Gucci e Rolex são os mais apetecíveis e estão a chamar a atenção de um público mais jovem. As gerações mais novas esperam não só encontrar “pechinchas” como também artigos que possam ser reciclados.

A mesma agência noticiosa afirma que a moda em segunda mão está a florescer particularmente em plataformas online. A The RealReal, por exemplo, tem conseguido crescer de tal forma que espera atingir os mil milhões de dólares (854 milhões de euros) em vendas anuais no prazo de apenas dois anos.

A estratégia de expansão da plataforma inclui o estabelecimento de parcerias com grupos internacionais, nomeadamente LVMH, que detém a Louis Vuitton, e Kering, que conta com a Gucci no portefólio de marcas.

Apesar de as marcas de luxo hesitarem em aceitar fazer parte deste novo paradigma, com medo de que percam a aura de exclusividade que as envolve, poderão estar a perceber que não existe escapatória possível. De acordo com dados da Berenberg, reportados pela Reuters, o mercado de moda de luxo em segunda mão vale 25 mil milhões de dólares (21,3 mil milhões de euros) e está previsto um crescimento anual de até 10% – mais do dobro do projectado para o mercado geral.

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