KPMG revela prioridades das empresas familiares

Inovar e atrair talento são as prioridades das empresas familiares europeias. Só desta forma se conseguirão manter competitivas no mercado, segundo aponta o Barómetro Europeu de Empresas Familiares, elaborado pela KPMG.

Com base nas respostas de mais de 1500 executivos de empresas familiares de 26 países da Europa, incluindo Portugal, o barómetro indica que este tipo de companhias está confiante em relação ao futuro mas mostra alguma preocupação no que concerne a escassez de competências.

Peter Villax, presidente da Associação Portuguesa de Empresas Familiares, considera que estas empresas precisam de contratar profissionais que não façam parte da família para os cargos de chefia: «A um certo ponto, a empresa familiar só consegue crescer mais se enriquecer a capacidade de gestão da empresa. Isto não quer dizer que a família perde poder, antes pelo contrário, ganha dimensão e permite obter colaborações e conselhos de grande valor», indica o profissional, acrescentando que este é o caminho para se transformarem em futuras Sonae, Semapa ou Jerónimo Martins.

Vítor Ribeirinho, deputy chairman da KPMG Portugal, evidencia ainda outro desafio. De acordo com o responsável, as empresas familiares precisam de conseguir dar escala às suas operações, uma vez que «o mundo dos negócios está cada vez mais ligado à escala global».

O mesmo barómetro revela também que 73% dos entrevistados estão confiantes ou muito confiantes nas perspectivas económicas das suas empresas para o próximo ano. Contudo, 6,04% apresenta perspectivas negativas ou muito negativas.

Além disso, 23% planeia expandir e diversificar os seus produtos para impulsionar o crescimento futuro e 54% tenciona alargar a operação a novos mercados.

Artigos relacionados
Comentários