Já há acordo para desbloquear os 130 mil milhões de euros

papademosO “não aguentamos mais” da última greve geral não ecoou nos ouvidos dos três partidos que compõem o governo de Lucas Papademos. Estes partidos chegaram finalmente a acordo para acederam a tranche de 130 mil milhões de euros, acordo atingido sobre as exigências da troika.

Para receber esta tranche a Grécia terá de implementar diversas medidas de austeridade. Parte dessas medidas são as seguintes:

Corte nos funcionários públicos: Sobre este tema o governo de Atenas já aceitou despedir 15 mil funcionários públicos até ao final do ano

Corte nos salários: Corte no salário mínimo (que actualmente é superior ao espanhol e ao português) em 22%, fixando-se nos 586 euros. Deverão ainda haver cortes de 10 a 25% nos funcionários que recebam mais de 1.800 euros. Com estes cortes o governo de Papademos espera encaixar perto de 3 mil milhões de euros

Valor das pensões reduzido: Este é o principal ponto de discórdia entre os partidos do governo. As reformas complementares devem fazer reduções de 15%

Cortes na saúde: Este corte espera-se que perfaça 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB)

Arranque nas privatizações: Segundo o jornal Dinheiro Vivo, o governo grego tem quatro meses para vender seis empresas e arrecadar cerca de 50 mil milhões de euros

Reestruturação e recapitalização da banca: Neste aspecto a negociação ainda decorre mas o objectivo é que a dívida pública grega baixe de 160% para 120% do PIB em oito anos

Outras medidas: Ainda estão por confirmar algumas medidas mas tudo aponta para o fim do 13.º e 14.º meses pagos no sector privado, a redução do número de dias de férias remunerados (25, actualmente), cortes na Defesa e a flexibilização do mercado de trabalho

Face a estas medidas já estão previstas novas greves, para sexta-feira, 10 de Fevereiro e sábado, dia 11.

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