Impresa vê lucro cair 63,4% e começa novo ciclo

O Grupo Impresa fechou 2015 com um resultado líquido de cerca de 4 milhões de euros, o que representa uma queda de 63,4% face ao ano anterior. Ainda assim, anuncia o grupo em comunicado, conseguiu reduzir a dívida remunerada de 184,6 milhões de euros em Dezembro de 2014 para 178,8 milhões de euros no mesmo mês do último ano.

A receita desceu também 2,9%, atingindo os 230,9 milhões de euros, embora a Impresa destaque o crescimento de 11,7% nas receitas com subscrição de canais. Os resultados de quebra «foram fortemente marcados pela redução da margem de concursos com participação telefónica (IVR’s), no montante de 8,9 milhões de euros», explica o grupo, acrescentando ainda como factores as perdas cambiais e os custos de reestruturação que ascenderam aos 3,8 milhões de euros.

Destaque ainda para o primeiro lugar ocupado pela Impresa no que se refere à vendas e assinaturas de exemplares digitais das suas publicações e ainda para os acordos firmados com o Facebook (através dos Instant Articles) e com o LinkedIn. O jornal Expresso manteve-se como o semanário mais vendido, «com valores de circulação paga de cerca de 95 mil exemplares», e alcançou ainda o lugar de líder nas vendas digitais com o Expresso Diário digital a registar um número médio de 17 mil compradores.

Novo ciclo na Impresa

Iniciou-se, ontem, uma nova etapa no Grupo Impresa com Francisco Pedro Balsemão ao leme. Para assinalar o momento de viragem, Francisco Pinto Balsemão conta que está orgulhoso da escolha da pessoa que sucede a Pedro Norton e refere que o novo CEO já tem um plano traçado. «Nestes meses de transição, o Francisco Pedro deu já provas de saber o que quer e para onde quer conduzir o nosso projecto. Definiu estratégias e irá, a seu tempo, apresentá-las; criou os instrumentos e a organização necessários para poder prosseguir essas estratégias e torná-las vencedoras.»

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