Encomendas de aviões desaceleram

As encomendas de aviões às principais fabricantes a nível mundial têm vindo a desacelerar desde o início do ano. Apesar de os acordos realizados nos anos anteriores garantirem entregas avultadas durante os próximos anos, a previsão a longo prazo não é tão animadora. O The Wall Street Journal aponta como principais culpados as economias enfraquecidas e os problemas políticos das regiões da América Latina e do Médio Oriente e antecipa que a votação favorável ao Brexit também terá consequências nos pedidos de aviões.

A título de exemplo, John Leahy, COO da Airbus, considera que será difícil atingir as metas da empresa, segundo declarações reportadas pelo mesmo jornal, aquando da Farnborough International Airshow. No início do ano, a Airbus previa encomendas de mais de 650 aviões, mas agora acredita que terá de «correr muito» para conseguir os resultados pretendidos.

As previsões da Boeing também estão a revelar-se mais modestas. Durante este ano, deverá entregar cerca de 745 jactos e registar um volume de encomendas semelhantes, sendo que revela as mesmas preocupações que a Airbus. John Wijick, responsável pelas vendas de aviões da Boeing, afirma que têm muito trabalho pela frente, especialmente no campo dos aviões de maiores dimensões.

Ainda assim, as duas fabricantes conseguiram fechar encomendas importantes durante o salão Farnborough International Airshow. A Airbus recebeu pedidos na ordem dos 5,3 mil milhões de dólares (4,8 mil milhões de euros) a preços de tabela. Por seu lado, a Boeing garantiu encomendas na ordem dos 7,4 mil milhões de dólares (6,7 mil milhões de euros) também a preços de tabela, além de um negócio com o Reino Unido no sentido de providenciar nove aviões caça-submarinos e ainda 50 helicópteros.

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