Empresas sustentáveis atraem investidores

Esta preocupação ambiental é proporcionalmente maior na Ásia e na América, que na Europa. Indonésia, Índia e EUA ocupam as três primeiras posições no ranking de sustentabilidade criado pela Schroders. Hong Kong, Coreia do Sul e Japão situam-se no final da lista.
Para a elaboração do índice, a Schroders ponderou critérios como a tendência dos investidores para reduzir e reciclarem desperdícios, para evitarem empresas com um historial de controvérsia (57%), para comprarem bens produzidos localmente e investirem em empresas com um bom historial de responsabilidade social, ou para considerarem as emissões de carbono nas decisões sobre transportes e energia.
«Embora a rentabilidade continue a ser a principal consideração no investimento, o interesse na sustentabilidade está a aumentar – e é particularmente forte em algumas áreas surpreendentes», explica Carla Bergareche, directora-geral da Schroders Espanha e Portugal.
Fundos com um impacto social positivo, tais como direitos humanos, combate à pobreza ou promoção do bem-estar social, que investem em tecnologias limpas e evitam empresas de petróleo, gás ou carvão, focados na melhoria da diversidade, na melhoria do governance das empresas, ou que financiem as ciências médicas e a biotecnologias, estão agora na mira dos investidores globais.
«Mas os investidores também consideram que a sustentabilidade e os lucros estão interligados, e por isso procuram investir em empresas que estão a apostar com êxito na mudança social e ambiental, com vista a gerarem lucro e maior impacto», adianta Bergareche.

Artigo publicado na revista Risco n.º 7 de Inverno de 2017/2018.

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