Empresas portuguesas planeiam contratar mais

Em Portugal, 49% das empresas prevê aumentar o número efectivo de colaboradores este ano (no ano passado, apenas 26% tinham essa intenção), 44% pretende manter o número actual e apenas 7% admite reduzir as equipas. Os dados são do estudo “Total Compensation Portugal 2016” da Mercer, que indica ainda que apenas 5% das empresas optou por congelar os salários para toda a estrutura durante este ano.

Cerca de 88% das empresas que participaram no estudo afirmam realizar uma revisão salarial anual e, desta percentagem, 36% elege o mês de Março para proceder à avaliação. Os factores que mais influenciam a revisão são os resultados individuais do colaborador (79%) e os resultados da organização (72%). Também têm peso a antiguidade e nível funcional.

Para o próximo ano, a generalidade das empresas revela expectativas de incremento salarial, com excepção para os grupos de direcção-geral e operários.

O salário base anual dos recém-licenciados, no primeiro emprego, situou-se entre os 13.057 e os 17.984 euros este ano, representando um aumento no valor mínimo face a 2015. A explicação está na necessidade das empresas em reter e motivar novos talentos.

No que se refere a colaboradores expatriados nos quadros de topo das organizações, verificou-se uma redução de 7% para 5%, este ano. A função de director de primeira linha é a que apresenta mais colaboradores expatriados, seguido das chefias intermédias.

Benefícios

O plano médico é, actualmente, o benefício mais atribuído (93%) por parte das empresas que participaram no “Total Compensation Portugal 2016” da Mercer. Em 59% dos casos, o seguro de saúde é também aplicável aos familiares dos colaboradores (cônjuge e filhos) e inclui coberturas de hospitalização, parto, medicamentos, assistência ambulatória, estomatologia, próteses e ortóteses.

O seguro de acidentes pessoais é atribuído em 51% da amostra, sendo que inclui cobertura de assistência médica fora do país, roubo de bagagem, sinistros graves catástrofes naturais, entre outros cenários. Já o seguro de vida é concedido por 76% das empresas. Cerca de 44% atribui também um plano de pensões.

Quanto a férias, cerca de 57% das empresas analisadas concede dias de férias extra, além do regulamentado por lei, o que representa uma diminuição face a 2015. O estudo revela ainda que, este ano, cerca de 15% das empresas paga quotas dos colaboradores em alguma associação profissional, 10% paga a mensalidade de uma actividade desportiva e 35% cobre parcialmente as despesas associadas à educação dos colaboradores. Cerca de 31% atribui subsídio escolar aos filhos e aproximadamente 13% oferece subsídio de creche.

O plafond mensal de telemóvel pago pelas empresas desceu, em termos médios, para 45 euros, indica ainda o estudo da Mercer. Já a viatura automóvel é um benefício atribuído em 91% dos casos.

Por fim, no que concerne empréstimos e adiantamentos, o estudo conclui que 27% das empresas participantes realizam este tipo de acordo com colaboradores.

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