EDP investe 1,4 mil milhões por ano até 2020

O Grupo EDP vai investir 1,4 mil milhões de euros por ano até 2020, num total de 7,2 mil milhões de euros. Na apresentação de resultados do primeiro trimestre, onde a EDP apresentou um crescimento do lucro de 11% – e na apresentação do Plano de Negócios 2016-2020, António Mexia, CEO do grupo energético, sublinhou a posição destacada do Grupo face a outros players europeus e lembrou que a companhia irá continuar a investir, em particular fora de Portugal, em mercados como Estados Unidos da América, Canadá e México.

Do total dos investimentos até 2020, o grupo prevê então que 45% sejam aplicados em renováveis, em particular nas eólicas, 30% na eléctrica convencional e 21% nas redes de Portugal e Espanha.

No âmbito do investimento das renováveis – que João Manso Neto, CEO da EDP Renováveis, lembra ser a tecnologia mais barata e mais competitiva -, a EDPR irá concentrar-se principalmente nos Estados Unidos da América, onde quer reforçar a capacidade instalada em 1,8 GW até 2020, Canadá e México. De acordo com o CEO da EDPR, o plano de negócios hoje apresentado não é disruptivo, mas é uma continuação da vontade de crescimento.

Aos investidores presentes em Londres, António Mexia garantiu ainda que os fundos resultantes dos ganhos serão alocados a reinvestimento (35%), pagamento de dividendos (41%) e abate da dívida (24%).

Em conclusão, garante António Mexia, são cinco os key drivers! O primeiro, o crescimento com foco nas renováveis. Segundo, disciplina financeira entre crescimento e retorno! «Este sector precisa de pragmatismo e nós não vamos disparar investimentos para todos os lados mas, antes, focar nos actuais. Não queremos estar a todo o custo em todos os mercados», sublinhou.

Terceiro, manter perfil de baixo risco. Depois, reforçar a eficiência reduzindo os custos anuais em 200 milhões, em 2020.

Por fim, entregar resultados atractivos. «Queremos um caminho sustentável e não resultados apenas de curto prazo», lembrou. «Até agora dissemos alguns nãos como a entrada em geografias que pareciam apetecíveis! Dissemos sim a oportunidades que alguns entendiam ser problemas, como o investimento no Cacem, Brasil. Dissemos sim ao mercado dos Estados Unidos da América que todos condenavam. As nossas decisões foram consistentes e reflectem as nossas escolhas até 2020», conclui, visivelmente satisfeito, António Mexia.

Por Mª João Vieira Pinto, em Londres, a convite da EDP

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