Comissário europeu: UE deve preocupar-se com a Huawei

Andrus Ansip, vice-presidente da Comissão Europeia, aproveitou a sua presença no GovTech Summit para alertar para os potenciais perigos de empresas chinesas tecnológicas, nomeadamente a Huawei. De acordo com o responsável, a União Europeia deve preocupar-se com os riscos que estas companhias representam para a segurança e indústria da comunidade.

Segundo a Reuters, a Huawei já reagiu às declarações de Andrus Ansip, indicando que nunca lhe foi pedido que instalasse tecnologia que pudesse ser utilizada para actividades de espionagem. A empresa garante também que nunca o faria.

“A cibersegurança precisa de ser discutida em conjunto, a nível global, e os vendedores de equipamento não devem ser tratados de forma diferente com base no seu país de origem. Colocar em evidência um vendedor não ajuda a indústria a identificar e lidar mais eficazmente com as ameaças à cibersegurança”, aponta a Hauwei.

A preocupação do comissário europeu tem origem na ligação da Huawei ao governo chinês. Segundo Andrus Ansip, tecnológicas chinesas têm sido obrigadas a cooperar com os serviços de informação do país, disponibilizando, por exemplo, ferramentas de acesso a dados encriptados.

Entretanto, alguns países já revelaram também o seu ponto de vista relativamente aos alertas deixados por Andrus Ansip. Por um lado, tanto a Alemanha como França garantem que não excluirão a Huawei, estando em cima da mesa um plano para construir uma rede móvel 5G em que a chinesa participa.

Ainda assim, França mostra-se mais cautelosa. Segundo revela o jornal Cinco Días, o país assegura que a Huawei é bem-vinda mas que qualquer investimento que possa colocar em causa a soberania nacional será revisto com atenção.

Do outro lado da equação encontram-se mercados como a Bélgica: a imprensa deste país dá conta da possibilidade da Huawei ser banida, tal como já aconteceu nos Estados Unidos da América, Nova Zelândia e Japão.

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