Cimpor: fusão é a saída?

cimporA cimenteira Cimpor informou que recebeu uma proposta de fusão do grupo brasileiro Camargo Corrêa. Segundo o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), órgão regulador do mercado de capitais, a Camargo propôs uma integração da Camargo Corrêa Cimentos na Cimpor, por meio de uma fusão. Os demais accionistas da Cimpor devem receber um dividendo extraordinário até 350 milhões de euros, por meio de uma capitalização da Camargo Corrêa. O grupo brasileiro deterá menos de 50% do capital social e dos votos da Cimpor.

“Esta proposta pretende servir de base às negociações entre as duas empresas, ficando a fusão dependente da existência de acordo, entre ambas, quanto aos termos finais da mesma”, informou a Cimpor. Segundo o comunicado, a concretização da fusão está sujeita ao cumprimento de condições prévias, incluindo a compra de uma participação de 15% a 25% do capital da Cimpor pela Camargo. “Quanto a este aspecto, o proponente esclareceu que a aquisição não terá lugar através de oferta pública e não ocorrerá necessariamente em operação de mercado”, informou a empresa. De acordo com a Cimpor, não é possível emitir opinião sobre a viabilidade da proposta recebida, mas a empresa analisará “cuidadosamente a proposta”. A avaliação dependerá da assembleia geral de accionistas da Cimpor. A empresa recebeu em 18 deDezembro uma oferta hostil de compra da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que ofereceu 5,75 de euros por acção, num total de 3,68 mil milhoes de euros. Esta proposta foi rejeitada pelo Conselho de Administração da Cimpor.

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