CFOs portugueses mais optimistas

Cerca de metade dos Chief Financial Officers (CFO) portugueses mostra-se mais optimista relativamente às perspectivas financeiras da sua empresa, em comparação com os últimos seis meses. Apenas 13% afirma estar menos optimista, segundo o “European CFO Survey” da Deloitte.

Nelson Fontainhas, partner da Deloitte, considera que o maior optimismo se deve «à recuperação do crescimento económico a nível nacional, a um défice fiscal mais reduzido, à percepção de uma maior estabilidade politica e à capacidade de o país se continuar a financiar externamente». Em comunicado, lembra ainda que o Banco de Portugal reviu em alta o crescimento económico para este ano, de 1,4% para 1,8%.

A nível europeu, os CFOs também se mostram mais optimistas (38%), com a Turquia a ser o único país em que o optimismo apresentou uma quebra nos últimos seis meses.

Relativamente às receitas das suas empresas, 69% dos CFOs das empresas portuguesas espera um crescimento nos próximos 12 meses. Há seis meses, este número não ia além dos 55%. Na Europa, também se regista uma evolução de 65% para 69% na esperança de melhores receitas para as empresas. Suécia e Turquia são os países que mais e menos confiança têm no crescimento das receitas, respectivamente.

Em Portugal verifica-se ainda um apetite reduzido para o risco. O mesmo relatório da Deloitte revela que os CFOs com menor predisposição para o risco estão em Portugal, Grécia e Turquia. Ainda assim, 53% dos inquiridos planeia aumentar o capex, mostrando uma vontade em investir superior à média europeia.

A expectativa de contracção de trabalhadores segue o mesmo caminho. “O saldo entre os CFOs que esperam que as suas empresas aumentem o número de trabalhadores e aqueles que esperam uma redução passou de -8% no terceiro trimestre de 2016 para +17% no primeiro trimestre de 2017”, indica a Deloitte.

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