Centros comerciais estão de boa saúde em Portugal

Nos Estados Unidos da América, há centros comerciais a fechar. Em Portugal, e a nível europeu, este tipo de espaços continua a ter uma presença forte. Um estudo realizado pela CBRE indica mesmo que não é previsível um encerramento em massa de centros comerciais.

No ano passado, as vendas nos shoppings registaram um salto de 8,4%, no mercado nacional. O número de visitantes também subiu 0,5%, após três anos de queda – números que levam a consultora a ver com optimismo o panorama português e a rejeitar cenários semelhantes ao norte-americano.

No que diz respeito a investimento em centros comerciais, a CBRE garante que está mais activo do que nunca. Só no primeiro trimestre deste ano, foram transaccionados quatro centros num valor acumulado de 673 milhões de euros. Além disso, encontram-se, agora, em comercialização outros 10.

“O ano de 2018 irá certamente registar o maior volume de investimento no formato de centros comerciais alguma vez observado em Portugal”, indica a CBRE no mesmo estudo.

Ainda assim, a consultora sublinha como o sector atravessa um período de transformação, devido ao crescimento do comércio electrónico e à mudança de mentalidade e vivência dos consumidores. Deverá ser, por isso, inevitável a adaptação, sob pena de encerramento.

«Este cenário (norte-americano) tem levantado algumas questões sobre se esta tendência poderá vir a afectar o mercado europeu e, no nosso caso, o mercado português. Certo é que as características e a situação do comércio nos Estados Unidos são bastante diferentes daquelas verificadas no nosso país, já que o grau do excesso de oferta, da obsolescência do stock e da penetração do comércio online em Portugal é muito menor do que nos Estados Unidos. Contudo, haverá desafios», garante Cristina Arouca, directora do departamento de Research da CBRE.

Adicionar alternativas e complementos ao chamado “puro retalho” poderá ser um dos caminhos. Alguns centros comerciais já apresentam equipamentos de conveniência, como é o caso dos serviços de saúde, serviços públicos e espaços co-working.

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