Calçado português cresce mais do que o italiano

Entre 2010 e 2017, a indústria portuguesa produziu 83 milhões de pares de sapatos, o que representa um aumento de 34%. Em Espanha, o número total é mais elevado (102 milhões de pares) mas o salto é de apenas 7%. Em Itália, o cenário é ainda pior: a produção caiu 6% para 191 milhões, no mesmo período.

Os dados são da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes e Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS) e mostram como o calçado português tem vindo a superar alguns dos seus principais concorrentes.

A associação revela ainda que Portugal e Itália estão muito próximos no campo das exportações: as vendas italianas ao exterior aumentaram 19% para 10 mil milhões de dólares (8,7 mil milhões de euros); as portuguesas cresceram 23% para 2,2 mil milhões de dólares (1,9 mil milhões de euros). Segundo a APICCAPS, o valor de exportações alcançado em 2017 é um novo recorde para Portugal.

Quanto a importações, verifica-se um crescimento de 14% no mercado português, tendo sido importados 58 milhões de pares entre 2010 e 2017. Itália importou 341 milhões de pares, o equivalente a uma subida de 6%. Espanha, por outro lado, viu o número de pares de sapato importados evoluir 21% para 300 milhões.

APICCAPS investe 18 milhões

Para este ano, a associação anuncia que irá investir mais de 18 milhões de euros em promoção externa para reposicionar o calçado português, numa iniciativa que conta com o apoio do Programa Compete 2020. Isto depois de as exportações terem aumentado em volume em 2018, mas de se ter registado uma quebra no valor.

No ano passado, Portugal terá exportado 85 milhões de pares de calçado (+2,4%), no valor de 1,9 mil milhões de euros (-2,85%). “O abrandamento das principais economias mundiais para onde a indústria portuguesa de calçado exporta mais de 95% da sua produção terá afectado o sector e contribuído para o desempenho final”, justifica a APICCAPS.

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