A viagem literária de Isabel Jonet e Luís Palha da Silva

livros que influenciaram os lideresIsabel Jonet e Luís Palha da Silva foram os convidados de mais uma edição do evento Livros que influenciaram os líderes, que decorreu dia 10 na livraria Leya na Buchholz.

A presidente do Banco Alimentar Contra a Fome e o vice-presidente da Galp Energia viajaram até ao passado através de títulos e autores que marcaram os seus percursos, de Júlio Verne a Haruki Murakami.

Os convidados encontraram em comum o gosto por Eça de Queirós. «A Cidade e as Serras», da preferência de Isabel Jonet, e «Os Maias», recuperado por Luís Palha da Silva, são obras intemporais, para ler ao longo da vida em vários momentos. «Eça de Queirós caracteriza e caricatura a sociedade portuguesa», afirmou a responsável do Banco Alimentar, referindo que os textos do autor «permitem fazer algumas analogias», no momento que o País atravessa.

Para o vice-presidente da Galp Energia, Eça de Queirós prima pela «forma fabulosa de tornar as coisas simples». «Escolhi “Os Maias” porque foi o melhor livro que já li», sublinhou, acrescentando que o autor é «inteligente, elegante, actual». Júlio Dinis partilha este lugar entre as preferências do gestor, que destaca «A Morgadinha dos Canaviais».

Antes destes clássicos, outros livros marcaram o percurso dos convidados. «O Principezinho» foi o primeiro livro que Isabel Jonet colocou na lista das suas influências. Fazendo uma reflexão sobre os títulos que foi lendo ao longo da vida, esta é uma obra que já releu em diversos momentos. «Cada vez que se lê, lê-se de forma diferente».

«O Judeu Errante» e o «Auto da Barca do Inferno» integram a lista dos livros de Isabel Jonet, onde a ideia de viagem é transversal às diferentes escolhas. «Todos estes livros têm caminhos e as nossas vidas são caminhos», refere.

O caminho de Luís Palha da Silva tem como marco a leitura de «Os Cinco e a Ciganita», de Enid Blyton e, mais tarde, de «Dois Anos de Férias», de Júlio Verne. Numa ordem cronológica, o convidado recordou o primeiro contacto com grandes clássicos, mais tarde revisitados.

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